14 de ago. de 2007

"Bom e velho mercado de games", mas que mercado mesmo, hein?

Dizer que existe um bom e velho mercado de games no mundo, não é mentira. Hoje se especula que este mercado seja maior do que o cinematográfico (o que não me espantaria nada, pois sempre acreditei que os jogos fossem a mídia do século XXI, assim como foram o radio e televisão no século XX e o cinema no século XIX). Agora dizer que existe um bom e velho mercado de games no Brasil? Há controvérsias!


Pode-se até tentar dizer isso, com periféricos ou acessórios, que algumas vezes conseguem fazer algum sucesso por aqui. Jogos nunca foram o forte do Brasil, afinal devido aos ALTOS E IMENSOS impostos (um dos maiores da América Latina, se não for o maior), a faixa de preços que os distribuidores colocam nesse continente tornam muitas vezes o jovem público longe do acesso dos jogos, é pelo teoricamente.

Entretanto, na última explosão dos consoles: Wii, Xbox360 e PlayStation3, muitos jogadores preferiram importar seus videogames com importadoras. Já que com o dólar baixo e com menores custos dos consoles (abaixo de 500 dólares), o imposto ficava isento ou bem pequeno e compensava mais. Não sei como está o preço dos consoles por ai pelas lojas, hoje, mas lembro que na época do lançamento que a Microsoft decidiu vender o Xbox3600 por 3.000 reais, o PS3 estava sendo vendido pelas Lojas Americanas por quase 4.000 reais (eu preferiria comprar uma mega máquina (PC) de trabalho). Um verdadeiro absurdo! O Wii eu nem comento, pois o console era vendido nos Estados Unidos por 250 dólares.

Dai eu lhe pergunto, meu caro leitor, que mercado de games no Brasil é esse que se tanto falam? E dizer ser tão antigo até pode ser, pois eu comprava meus joguinhos de Super Nintendo através das distribuidoras no Brasil, que na época a Nintendo utilizava a Gradiente (se não me falha a memória). Agora dizer que é bom, grande, participativo na divisão do mercado, isso é mentira! A grande fatia do mercado estão com os vendedores alternativos, pequenos negócios informais e formais (como locadoras). E graças a Deus, eles existem!


O problema só Pacman resolve.


Eu quero muito continuar esse papo com vocês, para aprofundarmos mais essa questão de mercado, diversão e cultura, pois ai chegaremos ao verdadeiro ponto da questão, que é onde se aloja o verdadeiro e antigo problema, que é o comportamento infantil e viciado de nossos governantes sobre a cultura, de dizer que tudo é "oba, oba" e que pode-se produzir cultura sem investimento e incentivo.

Alguns dizem que esse comportamento está mudando nos últimos anos. Afinal até um edital de jogos foi lançado para incentivar o mercado de desenvolvimento de jogos no Brasil, o jogosBR (www.jogosbr.org.br), mas conversando e lendo com algumas empresas, elas argumentavam que o custo ainda não está ideal e que muitas vezes, o pequeno prêmio que se ganhava, possibilita apenas no desenvolvimento de um jogo, voltado ao mercado externo (isto é, fora do Brasil).

A situação é bastante complicada...Por último, o que eu queria dizer é que você não me verá falando sobre jogos, que eu jogo e muito. Até que o mercado de games seja honesto com seus jogadores (fãs) e com seus pequenos empresários (que não recebem estimulo e uma carga tributária que chega a ser ridícula). Com o tempo, eu vou falando mais dela com vocês. Vocês vão morrer de rir, eu prometo. Parece até piada!


Deixando minha última pergunta casual:
Qual foi o último jogo original de videogame que você comprou no Brasil?
Eu já respondi no texto acima. Faz muito tempo (sic)...

Vinicius Longo

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