26 de out. de 2007

Análise: New Super Mario Bros.

Não é surpresa alguma que a Nintendo guarda uma espécie de "fórmula mágica" para seus jogos. Mesmo com uma parte técnica impecável, nada se compara ao charme que prende qualquer jogador horas a fio na frente da tela (ou telinha, se tratando de seus portáteis). Isso é claro, o toque especial que cativa tantos fãs com seus personagens. E mesmo que às vezes o game traga alguns defeitos que, em se tratando de um jogo qualquer poderia ser fatal (em boa parte deles, há o desafio ridículo na qual uma criança de cinco anos parece conseguir passar aquele estágio que você supostamente estaria tentando), é fácil ignorá-los quando estamos jogando algo tão divertido. É mais ou menos o conceito aplicado em New Mario Bros. Enquanto o jogo não consegue atingir um nível tão impactante quanto os games que fizeram da franquia um sucesso (diga-se Super Mario Bros. 2, 3, Mario World e Mario 64), sua diversão faz valer, talvez como um dos melhores jogos já produzidos para um portátil. E isso obviamente já garante todos os créditos ao game.


Começando de forma simples, a história é apresentada de modo bem rápido (basta dizer o mais importante: é Baby Bowser que veio para causar os problemas desta vez) e logo somos levados para o mapa do mundo, com a seleção de fases. São 8 mundos ao todo, como de praxe, só que desta vez não é necessário passar por todos para terminar o game. Por um lado é interessante como um incremento ao replay value (o quanto você irá se interessar pelo jogo após terminá-lo), mas no geral não foi uma opção realmente adequada já que ficou ainda mais rápido chegar ao fim. Se a Nintendo quisesse mesmo incluir mundos extras, seria interessante criar mais mapas além dos 8 tradicionais. E pela estrutura do jogo, confesso ter ficado um pouco desapontado como a opção de jogar com o Luigi apenas como um cheat. Se o próprio nome do game indica Mario Bros., o encanador de verde merecia mais atenção (a Nintendo parece não ter percebido que Luigi é sem carisma apenas dentro da história. Como ícone, nós o adoramos).


Com gráficos simplesmente lindos e uma engine que consegue ao mesmo tempo ser nova e clássica (curiosamente me lembrou o modo de passar de fases de Smash Bros. Melee, felizmente muito melhor), New Mario Bros. não desaponta na parte artística, proporcionando cenários variados, além das tradicionais fases de castelo, subterrâneo e até algumas aéreas. Satoru Iwata (responsável por uma infinidade de games, incluindo Super Mario Bros. 3 e o recente Metroid Prime 3: Corruption) não fez feio como diretor executivo, criando um mix perfeito de visual e jogabilidade de passar inveja nos games antigos da série. Koji Kondo, responsável no depertamento de músicas (outro mestre da Nintendo, responsável por inúmeros games da série Mario, Zelda Star Fox, Donkey Kong, etc) faz um trabalho regular, com boas composições que cumprem a difícil tarefa de serem dignas do universo do encanador. Infelizmente o arsenal é muito pouco, e as faixas acabam se repetindo demais.

New Mario Bros. tráz, logicamente, uma porção de elementos que os distinguem dos demais games da série. A jogabilidade foi incrementada com movimentos inéditos nos jogos 2D do encanador, como a famosa bundada de Mario 64. Além disso, 3 novos poderes foram adicionados para o leque de transformações. Um no qual ele fica gigante (podendo sair atropelando tudo em seu caminho), outro que ele fica extremamente pequeno (oferecendo algumas possibilidades como um pulo longo e lento, além de andar sobre a água) e um último que coloca um casco Koopa nas costas de Mário. Infelizmente, pouquíssimos poderes antigos voltaram neste, e é uma pena que algumas das engenhosas idéias do passado não retornaram (saudades da capinha de vôo Super Mario World, ou do poder de sapinho de Super Mario Bros. 3).

Concluindo, New Mario Bros. é um jogo fascinante por nos trazer de volta ao nostálgico universo criado por Shigeru Myamoto, e oferecendo ainda, possibilidades totalmente novas. Embora não seja tão marcante quanto os melhoers jogos da série, este com certeza é um que merece louvor simplesmente por nos lembrar como Mário é divertido. E como sempre continuará sendo.


(de 1 a 5)
Fernando Rodrigues

Um comentário:

Anônimo disse...

� isso ae!! Falou tudo..tudo que tenho a acrescentar � Cuidado com a planta-piranha!! entra no cano(Briu Briu Briu)..bate na caixinha!! (pow!! gluglugluglu)pega o cogumelo (bruca bruca bruca)corre...pula (puuul)!! Cai em cima da tartaruga (poinc)...chuta o casco (pow) ele bateu na parede e t� voltando!! ..Pula(Puuul)..corre..cai no buraco (pru- prupururupru..)...merda!! ��