17 de ago. de 2007

Será este o futuro do ouriço?

Uma recente revelação dada por Simon Jeffery, presidente da Sega of America, deixou os fãs do ouriço um tanto confusos. Segundo ele, Sonic deixa de ser um personagem legal quando você passa dos 12 anos. Um argumento não só terrivelmente equivocado, mas também covarde, por jogar a culpa no mascote pela incapacidade de fazer bons jogos usando seu nome.

É dificil acreditar que o presidente de uma empresa responsável por tantos bons jogos (tudo bem, a Sega of America não faz muito mesmo) esteja falando coisas deste tipo. Empresa que aliás, sempre mostrou total desrespeito com seus fãs, ao colocar descaradamente seus lucros como objetivo maior (e pra não dizer único). Que ela já foi talentosa, ninguém duvida. Aliás, alguns dos maiores clássicos dos videogames foram produzidos pela Sega. O problema é que, ao contrário de empresas como a Nintendo, quando se trata de estratégias financeiras ela não hesita em tomar atitudes anti-éticas para favorecer o próprio bolso (se a Sega fosse responsável por Zelda, Twilight Princess provavelmente teria sido cancelado para o Game Cube), e o sacrifício do Dreamcast é a prova viva disto (uma tremenda injustiça aos possuidores do console). Depois de uma fase decadente, com a extinção de bons jogos (por onde anda Yu Suzuki e seu maravilhoso Shenmue?), é essa a declaração que nós gamers precisamos ouvir?

Se ainda irá sair um grande game da série é uma icógnita, visto que a Sega não tem muita credibilidade atualmente. Mas é no mínimo irônico que os jogos do Mario fazem um tremendo sucesso, e pra não dizer a própria trilogia Sonic dos 16 bits, tão divertidos que até hoje possui fan-sites dedicados a eles. Será que nós é que estamos errados em ainda gostar desses games tão limitados e infantis?

Fernando Rodrigues

16 de ago. de 2007

Final Fantasy - Retrospectiva (continuação...)

Depois da exibição fantástica de pura nostalgia com os 3 primeiros Final Fantasys feita pela Gametrailers, já foi legendada para o Youtube a parte 3, com os episódios IV e V da franquia.

Final Fantasy IV
Final Fantasy V


Caso não tenha jogado nenhum game e não deseja saber sobre acontecimentos da história, fica o aviso que os vídeos contém spoilers (informações cruciais sobre a trama).

Fernando Rodrigues

PlayStation2 com 4 jogadores, mas cadê o controle?

Pode ter passado despercebido por muita gente, mas além dos bons e inúmeros jogos que o console da Sony, PlayStation2 possui (assim como o PS1). Ele também trouxe inovações, isso mesmo antes do Wii. Se alguém souber o que o nome EyeToy significa já sabe do que estou falando, caso você não saiba, se liga!


Em julho de 2003, a Europa recebia em primeira mão uma camera (que também pode ser web-cam no PC), denominada EyeToy. Com esse equipamento, você ligava o acessório ao seu console como um joystick e depois bastava você se mexer em frente a sua TV, que o jogo se tornava real. Bem ao estilo Minority Report (filme) e para quem não viu o filme, basta dizer que ele é capaz de lidar com um computador, pretendendo estar tocando nos objetos, mas na verdade, ele tocava no ar.

Quem se recordar melhor, sabe que essa história de cameras nos games não é nova, o Game Boy lançou a a Game Boy Camera, que era capaz de captar seu rosto e imprimir, mas de lá prá cá, muita coisa mudou e juntamente com o poder de processamento dos novos consoles. Dai o Dr. Richard Marks teve uma idéia simples de ligar uma webcam a um playstation 2 e começou a usá-la em jogos. Digamos que fazendo você virar um mouse, capaz ainda de detectar cores e som (através de um microfone embutido). A idéia foi levada para Londres no estúdio da S.C.E.E. (Sony Computer Entertainment Europe), quando ela apresentou o conceito em 2002. Em seguida lançou jogos que permitiam desde você ser um aprendiz de kung-Fu, onde você poderia desafiar o Ryu e outros personagens clássicos de luta ou até mesmo jogos onde quatro jogadores jogassem juntos e ao mesmo tempo sem controle algum.


A coisa pode parecer surreal para as pessoas que não conhecem e não tem a menor idéia de como funciona, mas abaixo segue um video, onde demonstra como funciona (com musiquinha latina e tudo):

PS: Esse acessório é altamente recomendável se você tem a sua casa cheia de amigos viciados para jogar.

Vinicius Longo

15 de ago. de 2007

Charge no blog

Gostaria de anunciar que temos um novo integrante na equipe. A partir de hoje (15/08/07), Daniel Rodrigues (meu irmão) irá colaborar todas as quartas feiras com charges de games.

Depois de Solid Snake e Naked Snake, com vocês: Lost Snake ;)


Fernando Rodrigues

14 de ago. de 2007

Final Fantasy - Retrospectiva

O site http://www.gametrailers.com/ está produzindo um excelente especial sobre a série Final Fantasy (uma das minhas favoritas), e esses vídeos ja estão indo para o Youtube. São várias partes que estão lançadas semanalmente e algumas já foram legendadas em português (agradecimentos ao usuário Ritaciro da comunidade Final Fantasy Brasil do Orkut). Portanto, pretendo postar aqui no Geração Bit, sempre que um novo vídeo for lançado.

É ótimo relembrar (ou conhecer) um pouco desses clássicos que fizeram história no mundo dos RPGs eletrônicos. Os vídeos foram muito bem produzidos, e mostram alguns elementos marcantes desses games.

No momento, fiquem com a parte 1 e 2 (essa dividida em 2).

Parte 1

Parte 2 - 1/2
Parte 2 - 2/2

Fernando Rodrigues

"Bom e velho mercado de games", mas que mercado mesmo, hein?

Dizer que existe um bom e velho mercado de games no mundo, não é mentira. Hoje se especula que este mercado seja maior do que o cinematográfico (o que não me espantaria nada, pois sempre acreditei que os jogos fossem a mídia do século XXI, assim como foram o radio e televisão no século XX e o cinema no século XIX). Agora dizer que existe um bom e velho mercado de games no Brasil? Há controvérsias!


Pode-se até tentar dizer isso, com periféricos ou acessórios, que algumas vezes conseguem fazer algum sucesso por aqui. Jogos nunca foram o forte do Brasil, afinal devido aos ALTOS E IMENSOS impostos (um dos maiores da América Latina, se não for o maior), a faixa de preços que os distribuidores colocam nesse continente tornam muitas vezes o jovem público longe do acesso dos jogos, é pelo teoricamente.

Entretanto, na última explosão dos consoles: Wii, Xbox360 e PlayStation3, muitos jogadores preferiram importar seus videogames com importadoras. Já que com o dólar baixo e com menores custos dos consoles (abaixo de 500 dólares), o imposto ficava isento ou bem pequeno e compensava mais. Não sei como está o preço dos consoles por ai pelas lojas, hoje, mas lembro que na época do lançamento que a Microsoft decidiu vender o Xbox3600 por 3.000 reais, o PS3 estava sendo vendido pelas Lojas Americanas por quase 4.000 reais (eu preferiria comprar uma mega máquina (PC) de trabalho). Um verdadeiro absurdo! O Wii eu nem comento, pois o console era vendido nos Estados Unidos por 250 dólares.

Dai eu lhe pergunto, meu caro leitor, que mercado de games no Brasil é esse que se tanto falam? E dizer ser tão antigo até pode ser, pois eu comprava meus joguinhos de Super Nintendo através das distribuidoras no Brasil, que na época a Nintendo utilizava a Gradiente (se não me falha a memória). Agora dizer que é bom, grande, participativo na divisão do mercado, isso é mentira! A grande fatia do mercado estão com os vendedores alternativos, pequenos negócios informais e formais (como locadoras). E graças a Deus, eles existem!


O problema só Pacman resolve.


Eu quero muito continuar esse papo com vocês, para aprofundarmos mais essa questão de mercado, diversão e cultura, pois ai chegaremos ao verdadeiro ponto da questão, que é onde se aloja o verdadeiro e antigo problema, que é o comportamento infantil e viciado de nossos governantes sobre a cultura, de dizer que tudo é "oba, oba" e que pode-se produzir cultura sem investimento e incentivo.

Alguns dizem que esse comportamento está mudando nos últimos anos. Afinal até um edital de jogos foi lançado para incentivar o mercado de desenvolvimento de jogos no Brasil, o jogosBR (www.jogosbr.org.br), mas conversando e lendo com algumas empresas, elas argumentavam que o custo ainda não está ideal e que muitas vezes, o pequeno prêmio que se ganhava, possibilita apenas no desenvolvimento de um jogo, voltado ao mercado externo (isto é, fora do Brasil).

A situação é bastante complicada...Por último, o que eu queria dizer é que você não me verá falando sobre jogos, que eu jogo e muito. Até que o mercado de games seja honesto com seus jogadores (fãs) e com seus pequenos empresários (que não recebem estimulo e uma carga tributária que chega a ser ridícula). Com o tempo, eu vou falando mais dela com vocês. Vocês vão morrer de rir, eu prometo. Parece até piada!


Deixando minha última pergunta casual:
Qual foi o último jogo original de videogame que você comprou no Brasil?
Eu já respondi no texto acima. Faz muito tempo (sic)...

Vinicius Longo

13 de ago. de 2007

Análise: Cabal Online

Se os games de plataformas se tornaram o gênero líder da geração 8 bits, devido a capacidade das empresas em criar fantásticos jogos do estilo no Master System e Nintendo (Sonic, Mario, Alex Kid...), os 16 bits foram dominados pelos games de luta (Street Fighter, Mortal Kombat, Fatal Fury...), os 32 bits como o estrelato dos grandes RPGs (Final Fantasy e outras franquias viraram sucesso, creio que além da qualidade dos games, as crianças que jogavam começaram a crescer e compreender o estilo), os 64 bits pela aventura 3D devido ao avanço tecnológico do Nintendo 64 (Mario 64, Zelda Ocarina of Time, Conquer's Bad Fur Day), os 128 se tornaram mestres dos FPS (First Person Shooter, ou tiro em primeira pessoa, esse estilo ficou absolutamente convincente nos consoles mais poderosos), não há como negar que a tecnologia online dos computadores criou paralelamente um estilo que já é sucesso, os MMORPGs. E é aí que se encontra Cabal Online, um jogo cujo objetivo é interagir com centenas (ou até milhares) de outros jogadores, em um sistema destacado pelos elementos de RPG (de videogame, não livro), com quests a serem feitas, habilidades para tornar seu personagem mais poderoso e guerras a serem travadas. Nesse quadro, Cabal não alcança um grande avanço do gênero (esse feito ainda pertence a World of Warcraft), pelo contrário, as vezes se mostra quase como um retrocesso, mas consegue aos detalhes, inovar com classe, acrescentando elementos que não só serão totalmente bem vindos nos MMORPGs a serem lançados num futuro próximo, como também serão de extrema importância para manter o estilo fresco, não saturado.

A começar pelos seus aspéctos técnicos, Cabal se sai muito bem nos gráficos. Apesar de não ser um Lineage 2, o game proporciona um visual belo, acima da maioria dos games do estilo no mercado. O destaque são as cores vivas que dão carisma ao universo criado, ainda que esteja longe de ser confundido com um jogo "feliz", com personagens em SD e monstros bonitinhos demais, algo que deve agradar a maioria dos gamers. Os efeitos são interessantes (se a câmera estiver próxima da espada quando um ataque for desferido, é possível ver uma distorção no cenário, criado com muita competência), bem como o visual dos personagens. As músicas são um dos maiores atrativos, com faixas realmente bonitas, variando de acordo com o cenário. Porém, de tanto andar pelos mapas, podem se tornar um tanto repetitivas depois de um tempo. Mas se você não estiver satisfeito, é possível inserir trilhas no formato OGG para serem tocadas in-game.

Mas é no sistema de jogo que Cabal chama atenção. Não por ser bom ou ruim, mas por ser diferente. Primeiro, ao contrário da maioria dos MMORPGs do mercado, não existe um grande mundo a ser explorado. Substitua ele por um sistema de cidades que funciona mais ou menos assim: cada mapa pode ser visitado (gratuitamente!) através de um portal, e cada um deles possui uma cidadezinha (com npcs e comércio) e um cenário com variados tipos de monstros. São ao todo 8 mapas, além de 4 labirintos. Isso pode não ser bem visto (já que obriga o jogador a passar por cada um desses mapas, tornando a experiência muito linear) mas a vantagem é que cada cenário tem uma ambientação totalmente diferente, com uma música temática e inimigos que compõe essa cidade, o que particularmente me agrada (odeio ambientes sem personalidade). Além do mais, o game foi feito para ser jogado com uma rara leveza dos jogos do estilo, se tornando uma experiencia bem mais casual que tende a se tornar enjoativa depois de alguns meses, já que o jogador não se envolve tanto. É consideravelmente mais fácil evoluir aquí, e dinheiro não é algo realmente importante. De fato, não existe uma complexa economia que move o universo de Cabal.

Mas o grande destaque sem dúvidas é o sistema de batalha, digno de aplausos. Ao contrário da velha fórmula "clique, clique", para derrotar os inimigos, foi criado um método "esmaga botões" que caiu como uma luva para o game. É possível fazer combos gigantes, incluir ataques monstruosos e o resultado são lutas quase cinematográficas. Por ultimo, não posso deixar de mencionar o design das armaduras, tão estilosas...
Longe de ser uma revolução no universo dos MMORPGs, Cabal Online é um dos mais divertidos.





ps: as notas das análises serão de 1 a 5 estrelas.
Fernando Rodrigues